Sempre que uma epidemia atinge a população, uma expressão começa a circular com intensidade nos meios de comunicação: sistema imunológico. Os mais impactados pelas enfermidades, é consenso entre especialistas, são os grupos de pessoas que possuem baixa imunidade, ficando mais suscetíveis a diversas doenças ou desenvolvendo variações mais agudas das moléstias. Mas de que se constitui esse sistema e como opera esse verdadeiro exército que carregamos em nosso corpo? Como podemos ajudar esse batalhão a trabalhar a nosso favor?

O sistema imunológico é um conjunto de órgãos, tecidos, células e moléculas que combatem os microrganismos invasores – patógenos –, como vírus e bactérias. Suas funções são específicas, mas eles atuam de maneira coordenada. O propósito é impedir o desenvolvimento de doenças e promover o equilíbrio do organismo.

Assim, cada vez que um agente estranho consegue acessar nosso corpo linfócitos, neutrófilos, macrófagos e outros integrantes do nosso exército de defesa começam a se mobilizar. O linfócito, por exemplo, é conhecido como um “assassino natural”. Isso porque, ao agir principalmente contra tumores e vírus, ele libera grânulos de proteína ao redor do patógeno que fazem com que ele se autodestrua. De acordo com o infectologista Estevão Portela em entrevista para a BBC, “os linfócitos são como maestros do sistema imunológico, ao fazer com que as células imunes se aglutinem em torno de uma ameaça”.

Prova de que um sistema imune em dia é fundamental no combate às doenças está nos estudos sobre o novo Coronavírus: o índice de letalidade da enfermidade, segundo dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China, foi de 2,3% na população em geral, mas de 15% em pessoas com mais de 80 anos. Entre as explicações está o fato de que a partir dos 60 anos o sistema imunológico vai se desregulando naturalmente, diminuindo assim sua eficácia.

Mas a boa notícia é que os indivíduos têm certa ingerência sobre esse aspecto de sua saúde, pois é possível estimular o sistema imunológico com uma série de ações que estão ao alcance da população. Segundo a biomédica Marcela Lemos, em artigo para o site Tua Saúde, “a melhor forma de fortalecer o sistema imune e fazê-lo responder bem frente a microorganismos invasores é por meio da alimentação e prática de hábitos saudáveis”. Entre esses hábitos estão manter o peso adequado, dormir o suficiente, controlar o stresse, fazer uso de suplementos vitamínicos e praticar atividade física, além de ter a caderneta de vacinação em dia.

 

Como explica a nutricionista Tatiana Zanin “os alimentos ricos em selênio, zinco, vitaminas C e E, e os probióticos e ricos em ômega 3 são os mais indicados para aumentar a imunidade, porque eles favorecem o cenário ideal para que o corpo possa produzir as células de defesa de forma mais eficiente”.

Os exemplos citados por ela são:

Selênio: castanha-do-pará, trigo, arroz, gema de ovo, sementes de girassol e frango

Zinco: ostras, camarão, carnes de vaca, frango e peixe, fígado, gérmen de trigo, grãos integrais, castanhas

Vitamina C: laranja, tangerina, abacaxi, limão, morango

Vitamina E: iogurte natural e leite fermentado

Ômega 3: sardinha, salmão, atum e linhaça

No entanto, de acordo com o nutrólogo Wilson Rondó para o site Minha Vida, “a maior parte da população não tem uma alimentação saudável. Mesmo aqueles que se preocupam com a dieta podem não conseguir ingerir quantidades adequadas de vitaminas”. É aí que entram os suplementos vitamínicos, essenciais para compensar uma alimentação deficiente e turbinar a imunidade.

 

Fonte: Tua Saúde – “Como fortalecer o sistema imunológico e aumentar a imunidade” – Março/2020

BBB – “Coronavírus: Entenda como corpo se defende de ameaças como covid-19” – 02 de Março/2020

Tua Saúde – “Sistema imunológico: o que é, como funciona e como fortalecer”- Março/2020

Minha Vida – “Use suplementos vitamínicos a favor da saúde” –  20/9/2011

Fonte da imagem: https://www.spirulina.net/7-therapeutic-benefits-of-spirulina-as-an-immunity-booster/